Venezuela: Apoio às lutas populares contra a ditadura de Maduro e suspeita de fraude eleitoral

Venezuela: Apoio às lutas populares contra a ditadura de Maduro e suspeita de fraude eleitoral

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A Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, reunida na tarde desta sexta-feira (2), aprovou nota sobre a eleição na Venezuela.

Leia texto na íntegra:

Venezuela: todo apoio às mobilizações populares contra a ditadura de Maduro e suspeita de fraude eleitoral

Repudiamos repressão que já resultou em 12 mortes e centenas de presos políticos. Nenhuma confiança na direita e no imperialismo

A Venezuela vive uma escalada de repressão e violência desde o último domingo (28/7), quando o CNE (Conselho Nacional Eleitoral) declarou Nicolás Maduro como vencedor na eleição presidencial, em meio a fortes suspeitas de fraude.

Maduro foi declarado eleito com 51% dos votos contra seu opositor Edmundo González Urrutia, apesar do governo não ter divulgado as atas das urnas. Passadas 72 horas do prazo do próprio CNE para divulgação dos relatórios, as atas não foram apresentadas, reforçando os indícios de que a eleição foi fraudada.

O resultado contraria todas as pesquisas, bem como informes dos mesários que foram feitos no fechamento das urnas. Vale destacar que a falta de transparência e medidas antidemocráticas ocorreram em todo o processo eleitoral, no qual opositores foram proibidos pelo governo Maduro de participar da disputa, e partidos, principalmente de esquerda, tiveram a legalidade cassada.

Ao mesmo tempo, a juventude e a população dos bairros populares venezuelanos tomaram as ruas de Caracas e de outras cidades do país para protestar e a resposta do governo de Maduro tem sido uma brutal repressão.

O governo colocou a polícia e as Forças Armadas nas ruas e já são, pelo menos, 12 mortos, dezenas de feridos, centenas de presos políticos e também há relatos de pessoas desaparecidas.

Há de se salientar que não é a primeira vez que a ditadura de Nicolás Maduro, no poder desde 2013, reage com violência e repressão a manifestações e greves de trabalhadores. No ano passado, relatório anual da organização internacional de direitos humanos Humans Right’s Watch apontou, pelo menos, 114 presos políticos há mais de três anos na Venezuela, muitos deles sem acusação formal, e outras 235 pessoas detidas arbitrariamente.

Abaixo a ditadura de Maduro e a oposição burguesa e imperialista!

A CSP-Conlutas repudia a repressão e a fraude eleitoral que o governo ditatorial de Maduro tenta impor.

Enquanto faz discurso contra o imperialismo, na prática, Maduro instalou uma ditadura no país para se manter no poder e criou uma nova burguesia corrupta – a boliburguesia – a partir dos negócios do Estado venezuelano. Tenta se mostrar como nacionalista, mas priorizou o pagamento de dívidas a banqueiros e transnacionais, sacrificando o povo e a soberania nacional, responsável por mergulhar o país, já alvo de embargos internacionais, numa brutal crise que empobreceu a população de forma sem precedentes.

Já a oposição burguesa, atualmente representada por Edmundo Gonzáles e Marina Corina Machado, assim como foi Juan Guaidó, apoiados pelo imperialismo norte-americano, também não são uma alternativa, pois seu projeto é aprofundar ainda mais a semicolonização da Venezuela e a rapina do país.

A Venezuela precisa de uma mudança profunda. Para acabar com a miséria, é necessário derrubar Maduro e formar um governo dos trabalhadores, independente da burguesia, que rompa com o imperialismo, não pague a Dívida Externa e coloque a economia desse país a serviço das necessidades da população. Esses desafios se darão nas lutas e com a auto-organização dos trabalhadores e do povo venezuelano.

Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas

São Paulo, 2 de agosto de 2024

(Foto: CNBC)

 

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