Campo, Povos Indígenas e Tradicionais
Unir as lutas dos trabalhadores do campo e da cidade! Com o intuito de unificar as lutas do campo e da cidade que, durante o 2º Congresso da CSP-Conlutas, se reuniram os diversos trabalhadores e camponeses das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste do Brasil, e propuseram à Coordenação Nacional da Central a constituição do Setorial do Campo.
Este setorial é um grande passo na luta contra a violência e os assassinatos de dirigentes sindicais rurais, lideranças camponesas, indígenas e quilombolas.
A luta é em defesa da reforma agrária, voltada para a produção de alimentos com vistas a suprir a segurança alimentar de toda a população brasileira; respeito aos camponeses e aos direitos dos empregados rurais nas fazendas e agroindústrias; garantia da demarcação dos territórios quilombolas, da retomada das terras indígenas e seu território e a compreensão da necessidade de preservação do Meio Ambiente como parte da preservação da vida.
O campo brasileiro está marcado por conflitos de terra que se agudizam com o avanço do agronegócio; a paralisia na reforma agrária; a ausência de demarcação de terras; a expulsão dos pequenos proprietários e a proletarização dos trabalhadores rurais.
Essa história não é de hoje. É desde a colonização do país, dos bandeirantes adentrando pelo interior e os períodos posteriores, do trabalho escravo à industrialização do campo, passando por ditaduras, governos de Frente Popular e a ultradireita.
Defendemos o fim das mortes de lideranças camponesas, sindicais, indígenas e quilombolas. É imprescindível incorporar a unidade da luta dos trabalhadores do campo e da cidade, assim como dos povos originários e tradicionais numa única luta, além de batalhar de forma aguerrida em cada uma dessas bandeiras específicas.
Os Setoriais de Trabalho são instâncias da CSP-Conlutas e suas ações estão subordinadas às deliberações votadas na Coordenação Nacional, que avalia e delibera sobre as propostas daquela instância. Esse mecanismo contribui na socialização de informações do respectivo segmento, seus debates e ações propostas para que sejam assumidas pela Central as demandas dos setores específicos no marco de suas lutas.
As reuniões acontecem durante a realização das Coordenações Nacionais.