"É pela vida dos trabalhadores"

O setorial de Saúde do (da) trabalhador (ra) está lançando a cartilha”É Pela Vida dos Trabalhadores” voltada para cipeiros, dirigentes e ativistas.  O material aborda as diversas causas que levam a classe trabalhadora ao adoecimento e muitas vezes até a morte. Aponta a  importância de cada sindicato, entidade de debater o assunto e relacioná-lo às  pautas mais gerais da CSP-Conlutas, o que é fundamental para a defesa dos direitos dos trabalhadores.

Esse material serve para subsidiar os  movimentos sindicais e populares do compromisso com a luta e ações por condições dignas de trabalho, que visam impedir que acidentes de trabalho, eventos evitáveis, continuem a se repetir no país, causando mortes, sofrimento e outros danos sociais e ambientais para a população, em especial para os trabalhadores.

 

 

Basta de mortes e acidentes nos locais de trabalho

Mais de 313 milhões de trabalhadores se acidentam de acordo com a OIT (Organização Mundial do Trabalho). O combate aos acidentes nos locais de trabalho, fruto da precarização, e da flexibilização de direitos que se refletem no adoecimento do trabalhador é tarefa da CSP-Conlutas e essa cartilha servirá como material de apoio para informar sobre os diversos problemas que permeiam o mundo do trabalho e adocem o trabalhador.

Essas péssimas condições são resultado da política de terceirização que vigora desde a década de 1990 no Brasil, com o aprofundamento do neoliberalismo que impôs mudanças significativas.

O projeto de terceirização do governo Temer aprovado por essa Câmara Federal corrupta e a retirada de direitos via reforma trabalhista farão com que os trabalhadores adoeçam mais, se acidentem mais e morram mais nos locais de trabalho.

Trabalhadores da construção, bancários, servidores públicos, metalúrgicos, trabalhadores do setor da saúde e muitos outros sofrem todos os dias com a exploração da patronal.

 

Exemplo de precarização no local de trabalho

A enfermeira e cipeira Alessandra Defendi, de São José dos Campos, relata às péssimas condições que dos profissionais que atuam na área da saúde. “Os auxiliares e técnicos de enfermagem estão submetidos a um ritmo de trabalho intenso. Muitas vezes, com uma escala de 10 pacientes, em um plantão de 12 horas. Vários profissionais têm dois empregos e o cansaço físico é evidente. Somos obrigados a fazer muito esforço físico e devido à precariedade nos instrumentos de trabalho, como macas, cadeiras de rodas e camas quebradas. Temos que pegar os pacientes sozinhos, o que acaba acarretando muitas doenças, como hérnias de disco, dores cervicais, lombares, problemas nas articulações e tendinites”, salienta. Além disso, devido ao cansaço e excesso de trabalho, muitos acabam se machucando com os perfurocortantes.

Outro problema grave, de acordo com ela, é “o assédio moral, muito frequente nos hospitais, isso leva a baixa auto-estima, acaba que vários profissionais da saúde entram em depressão”, revela.

 

 

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