
Ato de repúdio: Fora Lavrov do Brasil! Fora Putin da Ucrânia!
Rechaçamos a acolhida do governo de Lula a autoridades russa do governo de Putin
Enquanto a Ucrânia enfrenta uma sangrenta invasão por parte do exército russo, o governo brasileiro receberá, nesta segunda (17), sem qualquer constrangimento, autoridades do governo de Putin em Brasília.
A CSP-Conlutas se junta a outras organizações e em apoio à comunidade ucraniana no Brasil em ato, em São Paulo - Consulado-Geral da Rússia - Av. Lineu de Paula Machado, 1366, às 12h30 -, contra a acolhida do governo brasileiro ao ministro russo de relações exteriores, Sergei Lavrov, e outras representações do Kremlin. Um ato em Brasília, em frente ao Palácio do Itamaraty, também está marcado para esta segunda, às 12h30.
Confira abaixo o manifesto da Rede Sindical Internacional de Solidariedade e Lutas, de repúdio à visita:
Fora Lavrov do Brasil! Fora Putin da Ucrânia!
1 - Lavrov é um funcionário do regime reacionário. Ele tem sangue nas mãos dos sírios, curdos, ucranianos, dagestanis, georgianos e outros povos.
2 - Lavrov representa os interesses de corporações russas como Gazprom e RosNeft - gigantes dos combustíveis fósseis e monopolistas que fundaram o regime e suas atrocidades.
3 - Todos os dias, pessoas na Ucrânia morrem sob foguetes e bombas russas e a classe trabalhadora ucraniana resiste aos invasores com armas em mãos (há uma vontade popular de resistência entre as massas ucranianas).
4 - Ao mesmo tempo, as autoridades ucranianas, lideradas por Volodymyr Zelensky, usam a guerra e a lei marcial para introduzir reformas cada vez mais antissociais e anti-trabalhistas.
5 - As autoridades ucranianas convidam empresas internacionais a investir na Ucrânia e prometem a elas enormes lucros (isso aconteceu durante a visita do presidente Zelensky em Varsóvia, Polônia, em 5 de abril). Essa é a política que transforma o povo ucraniano em mão de obra barata, a terra ucraniana em commodity e a infraestrutura em uma grande zona econômica especial.
6 - Lula encontra Lavrov (Rússia); Duda (Polônia), Biden (EUA) e outros encontram Zelensky; mas nossa solidariedade vai para a classe trabalhadora ucraniana em sua luta contra invasores imperialistas e reformas neoliberais no país. Lula se posiciona ao lado de Putin quando afirma que a Ucrânia também é responsável pela guerra. Nós repudiamos o posicionamento de Lula, já que a Ucrânia é o país que está sendo invadido pelas forças armadas russas. Exigimos que o governo brasileiro rompa laços diplomáticos e econômicos com a Rússia e se solidarize com a resistência dos trabalhadores ucranianos.
7 - Declaramos total solidariedade com os sindicatos e movimentos sociais ucranianos em sua luta por uma Ucrânia independente e justa. Essa solidariedade já foi expressa em dois comboios de ajuda aos trabalhadores à Ucrânia organizados pela Rede Sindical Internacional em 2022. Em 2023, no aniversário da agressão imperialista russa contra a Ucrânia, também organizamos encontros com militantes da classe trabalhadora ucraniana em toda a Europa.
Abaixo todos os imperialismos e belicistas! Viva a solidariedade da classe trabalhadora!