Moção aprovada no 4° Congresso: Solidariedade aos trabalhadores da Embraer
Nos dias 24 e 25 de setembro a tropa de choque da polícia militar do estado de São Paulo protagonizou cenas de violência sobre trabalhadores da Embraer afim de ajudar Embraer/Boeing a acabar com a greve dos trabalhadores.
Convocado pela Embraer, o Estado utilizou-se de métodos vistos em épocas ditatoriais para desmobilizar os metalúrgicos. No segundo dia de greve (25 de setembro), policiais mascarados realizaram um “corredor polonês” para que os trabalhadores passassem. O constrangimento de quem entrava era evidente.
Também houve emprego da violência policial contra sindicalistas que estavam na organização do movimento. Como mostram imagens gravadas no local, o diretor do Sindicato Alex da Silva Gomes foi agredido pela PM, mesmo já estando caído no chão.
Diante da truculência da polícia, os trabalhadores suspenderem a greve, mas vão manter a mobilização. Embora ainda não tenha sido de fato vendida, a Embraer já segue a política antissindical e repressora adotada pela Boeing. Uma postura que mostra o que virá pela frente.
A luta dos metalúrgicos da Embraer é por aumento real de salário e em defesa dos direitos. É, portanto, uma luta legítima e merece toda solidariedade das entidades de classe e sociedade civil organizada. A Campanha Salarial da categoria diz respeito somente ao Sindicato, trabalhadores e empresa. Nunca será um caso de polícia.
Neste sentido, é preciso também denunciar a intransigência da direção da Embraer nas negociações. Há quatro anos, a fábrica não aplica aumento real aos salários. A empresa insiste em retirar direitos históricos dos trabalhadores, conquistados com muita luta.
Diante deste cenário, é preciso repudiar o comportamento da Embraer, que se utiliza da violência policial para atacar um movimento grevista legítimo. E também repudiar a pratica antisindical da empresa que a serviço da norte-americana Boeing busca aprofundar a exploração dos trabalhadores com demissões e retirada de direitos.
– Não a venda da Embraer para Boeing!
– Repudio a repressão policial!
– Não a atitude anti-sindical da Embraer! Pelo direito de greve e a livre organização dos trabalhadores!