CSP-Conlutas SP | Metroviários denunciam privatização e falta de funcionários em carta aberta
Os metroviários e metroviárias de São Paulo distribuíram, nesta sexta-feira (27), uma carta a população da capital paulista. No documento, temas como a privatização das linhas e a falta de funcionários foram denunciados.
Constantes falhas e acidentes tem atingido as linhas 8 e 9 dos trens. Os trechos estão sob o comando da iniciativa privada e demonstram o descaso dos patrões com a vida dos trabalhadores e usuários do transporte.
A situação caótica fez com que o Ministério Público de São Paulo cobrasse indenização da ViaMobilidade, operadora dos trens, e orientasse o governo estadual a romper o contrato com a empresa.
Apesar disso, o governador de São Paulo, Tarcísio Freitas (Republicanos), já mostrou sua sede em vender os patrimônios públicos, como a Sabesp e também o transporte público. Por isso a carta distribuída alerta para necessidade da luta contra as privatizações.
“De um ano pra cá, desde a privatização, nós vimos trabalhador morrer eletrocutado por falta de treinamento. Vimos descarrilamento de trens (...) A via ‘imobilidade’, como temos visto nas redes sociais, só quer saber de botar dinheiro no bolso dos acionistas”, afirma Diego Vitello, diretor do Sindicato dos Metroviários de São Paulo e integrante da Executiva Nacional da CSP-Conlutas.
Falta de funcionários
A falta de funcionários no metrô também é um problema grave que afeta o atendimento e sobrecarrega os trabalhadores. Segundo o próprio governo do estado é necessário contratar cerca de 2.600 metroviários.
O Sindicato da categoria defende as contratações imediatas, porém com a realização de concursos públicos. A falta dos profissionais tem sido motivo de queixa e é visível a todos que utilizam o sistema de transporte.
Nova sede
A categoria conquistou uma nova sede, que deverá ser inaugurada em março. Em meio ao imbróglio com o governo do estado e a construtora Porte, o Sindicato agiu para garantir que os trabalhadores não fiquem sem uma casa que abrigue a luta. O novo prédio fica na rua Padre Adelino, nº 700, ao lado da estação Belém.
No entanto, a luta pela manutenção da Sede histórica dos Metroviários (Rua Serra do Japi, no Tatuapé) continua. O processo de tombamento da construção ainda corre na justiça e espera atuação favorável do Compresp (Conselho Municipal de Conservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo).