França: Sindicatos convocam nova Greve Geral contra reforma da Previdência para o dia 31

França: Sindicatos convocam nova Greve Geral contra reforma da Previdência para o dia 31

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Para a central sindical francesa Solidaires, trabalhadoras e trabalhadores não deveriam "perder a vida para ganhá-la"

Depois de um dia de greve geral e mobilizações realizado em 19 de janeiro, que levou mais de um milhão de manifestantes às ruas, a classe trabalhadora na França promete mais uma data de luta.

Uma nova greve geral foi chamada para o dia 31 de Janeiro, próxima terça-feira, em situação de combate acirrado com o governo que decidiu seguir adiante com a reforma da previdência, que deve aumentar a idade mínima para aposentadoria.

Com isso, somente pessoas a partir de 64 anos poderão obter o benefício, tudo em nome de um suposto equilíbrio fiscal para evitar o défice.

O processo parlamentar da reforma terá início na semana de 6 de fevereiro. Para este mesmo período, as categorias de ferroviários do Sud Rail e da CGT prometem realizar paralisação dos serviços em protesto contra a medida.

As entidades representam mais da metade da categoria, podendo causar forte impacto na mobilidade em caso de greve.

O dirigente da Sud Rail, Fabien Villedieu, afirmou que o movimento deve ocorrer em dois dias consecutivos, 7 e 8 de fevereiro, com grandes chances de puxar outros setores e fazer crescer o levante popular. Cerca de dois terços da população francesa se opõe à reforma previdenciária.

Em pesquisa realizada na véspera da greve do dia 19/1, 72% dos entrevistados achavam a reforma "injusta", e até os eleitores da direita (50%) não apoiam a proposta.

Viver e não mais sobreviver

A central sindical francesa Solidaires, parte da Rede Sindical Internacional de Solidariedade e Lutas, é uma importante representação combativa dentro do movimento, e faz coro à recusa da classe trabalhadora de trabalhar até morrer.

"O projeto de Elisabeth Borne [Primeira-ministra da França] visa manter servidores públicos por mais tempo trabalhando sem considerar a deterioração significativa das condições de trabalho, a insuficiência da remuneração, ou mesmo as dificuldades, por falta de pessoal, em prestar um serviço público de qualidade aos utentes", denunciaram em nota

Emmanuel Macron prometeu outras reformas, que devem atingir a Saúde e Educação, e chegou a afirmar que "o ano de 2023 seria díficil". 

A capital Paris faz parte da lista das 10 cidades mais caras do mundo. A onda de greves e manifestações no país não perde força desde 2022, com a paralisação de setores estratégicos, como transportes, logística e refinarias, em protesto contra o alto custo de vida.

Levando em conta a crise energética causada pela invasão russa à Ucrânia, a fúria popular pode crescer ainda mais de tamanho.

Para a Solidaires, trabalhadoras e trabalhadores não deveriam "perder a vida para ganhá-la".

A CSP-Conlutas apoia as mobilizações locais e expressa solidariedade aos lutadores da central francesa e de todas as categorias envolvidas.

Contra a reforma previdenciária e por mais direitos, todo apoio à luta na França!

 

 


 

 

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