Surgem novos escândalos com o cartão corporativo de Bolsonaro

Surgem novos escândalos com o cartão corporativo de Bolsonaro

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A cada dia novos escândalos no cartão corporativo vão traçando a forma de atuação do governo Bolsonaro

Assunto recorrente nos últimos dias, o uso indevido do cartão corporativo por Jair Bolsonaro continua gerando manchetes. Desta vez, investigações apontam um novo esquema de rachadinha bolsonarista, além do financiamento das motociatas e do acesso ao dispositivo por militar preso por tráfico de drogas.

Na sexta-feira (20), o portal Metrópoles divulgou que as investigações lideradas pelo Ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes revelavam indícios de que Bolsonaro e a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro também praticaram o crime da rachadinha no Palácio do Planalto.

Agora, o responsável pelos saques utilizando o cartão corporativo e pagamentos de contas em dinheiro vivo era o tenente-coronel do Exército Mauro César Barbosa Cid, conhecido como “Coronel Cid”. Assim como Fabrício Queiroz, que operava as rachadinhas investigadas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, Cid é amigo íntimo da família Bolsonaro.

Utilizando uma agência do Banco do Brasil dentro da sede do poder executivo, em Brasília, Cid tinha a missão pagar em espécie contas de Bolsonaro e familiares. Em especial, as faturas de um cartão de crédito adicional emitido para Michelle por sua amiga de longa data Rosemary Cardoso Cordeiro, funcionária do Senado Federal.

Embora os detalhes ainda estejam sob sigilo da Justiça, também há indícios de que Coronel Cid recebia repasses financeiros realizados por outros militares lotados em quartéis fora de Brasília. Há fortes sinais de lavagem de dinheiro.

Bolsonaro e golpistas

Ainda segundo a reportagem, os materiais obtidos pela polícia também sugerem a aproximação de Bolsonaro com os atos golpistas. Coronel Cid funcionava também como um elo entre o ex-presidente e grupos de radicais.

Há fartas evidências nesse sentido. Um dos contatos frequentes de Cid era Allan dos Santos, o blogueiro que vive nos Estados Unidos e em outubro de 2021 teve a prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes.

Tráfico de drogas

Os jornalistas Cleber Lourenço e Diego Feijó divulgaram também na última sexta que o tenente-coronel Alexandre Augusto Piovesan, preso na Espanha desde 2019 por tráfico de drogas no avião presidencial, pode ter tido acesso ao cartão corporativo da Presidência.

Piovesan, e mais quatro militares, foram flagrados transportando 39 quilos de cocaína em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) que levava Bolsonaro para uma reunião do G-20 no Japão. O voo fez uma escala técnica na Espalha.

Motociatas

Uma média de R$ 100 mil. Esta é a quantia gasta por Bolsonaro com o cartão cooperativo nas motociatas. O valor de dinheiro público torrado pelo ex-presidente foi divulgado nesta segunda-feira (23), pelo jornal Estado de São Paulo. 

O dinheiro seria para pagar acomodação a 30 servidores públicos. Já os gastos com alimentação tinham como destino cerca de 300 pessoas da área militar que dava suporte no local onde o evento era realizado. 

De uso estritamente eleitoreiro, visto que os eventos não compunham a apresentação de ações do governo, as motociatas ocorreram em todas as regiões do país durante os dois últimos anos do mandato de Bolsonaro. 

Punição, já

A CSP-Conlutas defende a continuidade das investigações a punição de Bolsonaro e seus familiares pelos crimes cometidos ao longo dos últimos anos. É necessário exigir uma punição exemplar e o confisco dos bens de todos os envolvidos.

 

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