Brasília: CSP-Conlutas defende revogação de reformas e punição aos golpistas e clã Bolsonaro

Brasília: CSP-Conlutas defende revogação de reformas e punição aos golpistas e clã Bolsonaro

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Liberdade sindical para organização das lutas dos trabalhadores

Derrotar a ultradireita nas ruas. Sem anistia, prisão e confisco dos bens dos golpistas

Revogação integral das reformas trabalhista e previdenciária

Integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Luiz Carlos Prates, o Mancha, em sua fala durante a Reunião de Lula com as Centrais Sindicais, expôs que não há democracia no chão da fábrica, denunciou as demissões e perseguições contra a classe trabalhadora, e reafirmou a independência e autonomia da CSP-Conlutas diante do governo.

Mancha afirmou que a situação de vida dos trabalhadores está cada vez pior e defendeu uma saída socialista para o país, a revogação da reforma trabalhista e da previdência, o piso salarial da enfermagem, o cancelamento das privatizações [citando a Petrobras e Eletrobras], o fim do Teto de Gastos, o não pagamento da dívida pública e a valorização do salário mínimo, que segundo o Dieese, deveria ser de 6 mil reais para uma família de quatro pessoas.

“Somente com a mobilização dos trabalhadores seremos capazes de promover as mudanças necessárias, somente com liberdade para lutar, para nos organizar, para criar comitês de luta, teremos um sindicato livre e os trabalhadores poderão organizar seu próprio projeto, o projeto dos trabalhadores”, disse o dirigente da CSP-Conlutas.

A reunião, que aconteceu na manhã desta quarta-feira (18) no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), contou a fala dos representantes das dez Centrais Sindicais brasileiras entre elas a CUT, Força Sindical, CTB e Intersindical, assim como a CSP-Conlutas. 

Entre os temas abordados estiveram a valorização do salário mínimo que ainda mantém o valor de R$ 1.302,00; a valorização dos pisos salariais e a aplicação do piso da enfermagem; negociação coletiva nas categorias trabalhistas; regulação do trabalho em aplicativos; terceirização; precarização do trabalho; a questão da igualdade racial e equiparação salarial entre homens e mulheres; agricultura familiar; políticas para enfrentar a miséria, a fome e o desemprego.     

Punição aos golpistas

As ações golpistas promovidas pela ultradireita bolsonarista foram repudiadas pelos representantes das Centrais Sindicais. No plenário, com a presença de mais de 500 sindicalistas, ouvia-se o coro: “Sem anistia, sem anistia”.

Ao repudiar as ações da ultradireita, Mancha cobrou a prisão com confisco dos bens dos golpistas e do “clã Bolsonaro”.

Movimento sindical e classe trabalhadora

A reunião das entidades sindicais com o presidente Lula tinha como objetivo ser um ponto de partida para os debates e demandas em torno da classe trabalhadora e o estabelecimento do diálogo que foi fechado nesses últimos quatro anos da gestão Bolsonaro em que a liberdade sindical sofreu diversos ataques.

Em sua fala, o dirigente da CSP-Conlutas apontou a repressão ao movimento dos trabalhadores e a necessidade de acabar com os atos antissindicais em todo o país. Chamou atenção para a repressão que acontece no campo e movimentos populares, e no mundo do trabalho urbano.

“Na iniciativa privada as demissões ocorrem a todo momento e atingem os que querem lutar pelos direitos dos trabalhadores, por isso é preciso ratificar a Convenção 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho) pra impedir demissões imotivadas e sem justa causa”, disse o dirigente que está demitido da GM de São José dos Campos devido às práticas sindicais. 

A Convenção 158 da OIT, adotada em 1982, proíbe o instrumento da demissão sem causa e instaura uma série de procedimentos que precisam ser cumpridos por uma empresa para que consiga encerrar o vínculo de um empregado.

De acordo com Mancha, defender as liberdades democráticas é defender a liberdade de organização da classe trabalhadora.

O presidente Lula, em sua fala, que encerrou a reunião, abordou a necessidade de fortalecimento dos sindicatos. “Democracia precisa de sindicato forte e bem organizado pra representar interesse os trabalhadores”, garantiu.  

O presidente chamou as entidades sindicais a fortalecerem o movimento sindical e ajudarem o governo a construir uma nova relação entre capital e trabalho com a presença dos dirigentes dentro das fábricas, dos bancos, dos locais de trabalho.  

No mundo do trabalho atual, neoliberal, será preciso entender o que significa a construção dessa nova relação de trabalho.

Por fim, o presidente Lula prometeu cumprir cada promessa de campanha, entre elas a correção da tabela do Imposto de Renda com isenção para quem ganha até 5 mil reais e a valorização do salário mínimo que contará com comissão para o debate sobre o tema.

Lula agradeceu a presença dos que ali estavam, que foram fundamentais para derrotar o ex-presidente e elegê-lo em 2022.

Embora seja crítica ferrenha do governo Bolsonaro, a CSP-Conlutas reafirmou que vai manter total independência e autonomia perante o governo Lula. Isso significa dar continuidade à organização e mobilização dos trabalhadores em defesa dos direitos. Neste sentido, Mancha apontou o socialismo como única saída para a classe trabalhadorae defendeu a luta pelas mudanças. 

“Somente com a mobilização dos trabalhadores seremos capazes de promover as mudanças necessárias, somente com liberdade para lutar, para nos organizar, para criar comitês de luta, teremos um sindicato livre e os trabalhadores poderão organizar seu próprio projeto, o projeto dos trabalhadores. Viva os trabalhadores”, disse o representante da CSP-Conlutas.

Lula comentou que será necessária muita pressão dos trabalhadores pelas suas reivindicações, porque o Congresso Nacional é conservador.

A CSP-Conlutas fará essa pressão nas ruas, nos locais de trabalho e diante do próprio governo, porque a Central entende que é fundamental a mobilização dos trabalhadores para defender as mudanças.

Além dos repsentantes das centrais sindicais também falou na reunião o ministro do Trabalho Luiz Marinho. 

Foto: Fabiano dos Santos

 

Assista ao vídeo com a fala de Luiz Carlos Prates, o Mancha

 

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