Professores intensificam luta contra atribuição das aulas em São Paulo

Professores intensificam luta contra atribuição das aulas em São Paulo

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Sem saber se terão a garantia do emprego em 2023, professoras e professores da rede pública estadual de São Paulo voltaram a protestar em frente à Seduc (Secretara de Educação), na quarta-feira (11).

A categoria reivindica o cancelamento do atual processo de atribuição da aulas. Segundo os manifestantes, ocorreram inúmeras irregularidades que prejudicaram milhares de docentes. Profissionais com décadas de serviços prestados poderão ficar desempregados neste ano.

Há também a crítica em relação às mudanças nos critérios que regulam a distribuição das aulas. Em 2023, têm prioridade os docentes que trabalham mais horas por semana. Antes, aqueles com mais tempo de profissão e pontuação tinham o direito de escolher primeiro.

A professora Flavia Bischain, diretora da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) e integrante da Secretaria Executiva da CSP-Conlutas alerta para o real cenário da educação Paulista.

A realidade é que não há aulas suficientes para a categoria. A política de redução de salas de aula dos governos do PSDB e as mudanças promovidas pelo chamado Novo Ensino Médio são as principais causas do drama vivido pelos professores.

Apesar de negar que tenha ocorrido erros no processo de atribuição, o novo secretário de Educação, Renato Feder, afirmou em reunião com o Sindicato que a situação seria analisada e uma resposta dada no prazo de cinco dias.

“Alertamos que não podemos confiar nesse governo, que segue e aprofunda a política do PSDB, e devemos manter a mobilização organizando, junto ao sindicato, comandos de base com a categoria e um calendário de mobilização”, afirma Flavia.

Categoria “O”

Contratados por Processo Seletivo Simplificado, os docentes da categoria “O” estão em uma situação ainda mais vulnerável. Por isso, a luta também exige direitos, em especial a estabilidade para os professores não concursados, que sofrem mais com a precarização.

Lamentável

Enquanto falava aos manifestantes que se reuniram na Praça da República, Flavia teve seu microfone cortado pela organização do ato composta por membros da direção majoritária da Apeoesp. O ato autoritário não tem qualquer justificativa.

“Não podemos aceitar práticas autoritárias por parte da direção majoritária do sindicato que cortaram o microfone na manifestação de hoje. Toda a democracia na base e unidade serão fundamentais pra vencermos essa luta! Não vai ter paz pro governo Feder e Tarcísio! Cancelamento da atribuição, já”, afirma Flavia.

 

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