Bolsonaristas atacam sede da PF e incendeiam veículos em Brasília

Bolsonaristas atacam sede da PF e incendeiam veículos em Brasília

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Um saldo de cinco ônibus e três carros incendiados, a sede da PF (Polícia Federal) atacada em tentativa de invasão e várias depredações. Este foi o saldo da ação de um grupo de bolsonaristas na noite desta segunda-feira (12), em Brasília (DF), em mais uma ação golpista e antidemocrática.

O grupo ainda queimou e quebrou lixeiras e placas de trânsito. Num posto de gasolina, foram espalhados vários botijões de gás e um carro foi incendiado. Vídeos nas redes sociais mostram também alguns dos manifestantes entrarem em uma churrascaria e ameaçar os clientes do local, ordenando que saissem e tirassem seus carros.

Os ataques tiveram início após o cumprimento de um mandado de prisão temporária contra o indígena José Acácio Tserere Xavante, que participa do acampamento golpista no DF, e aconteceram no dia da diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Tserere foi preso por determinação do STF (Supremo Tribunal Federal), a pedido da PGR (Procuradoria Geral da República), como parte da ação que investiga os atos antidemocráticos. O indígena se autodenomina cacique e pastor evangélico. Vídeos nas redes sociais mostram o bolsonarista convocando pessoas armadas para impedir a diplomação dos eleitos, além de outros ataques, alguns dos quais em frente ao Palácio da Alvorada, junto com Bolsonaro.

Os extremistas foram dispersados por policiais, com bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha. Contudo, não houve registro de nenhum preso até a manhã desta terça-feira (13). A ação das forças de segurança tem sido questionadas e criticadas por, mais uma vez, ser marcada por leniência com bolsonaristas. Questionados pela imprensa sobre as medidas tomadas, a PF, a PM e a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal silenciaram. 

Golpistas não passarão!

Bolsonaro segue sem apoio para impor um golpe e uma ditadura, mas continua com uma política de gerar o caos e ações golpistas. Os atentados bolsonaristas realizados nesta terça-feira acontecem após a recente reaparição de Bolsonaro que estava sem se pronunciar publicamente desde a derrota no 2° turno das eleições. Essa semana, ele voltou a falar com apoiadores em frente ao Palácio do Alvorada e com declarações dúbias estimulou os protestos golpistas e afirmou: “O futuro do Brasil só depende de vocês”.

“Os atos de ontem em Brasília envolvendo Tserere Xavante não representam a luta por direitos indígenas. São golpistas e devem ser punidos”, declarou a indígena e integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Raquel Tremembé. “Nossas lutas históricas por demarcação e direitos humanos não são defendidas por Jair Bolsonaro e seus amigos do agronegócio e do garimpo”, denunciou.

Rejane Oliveira, integrante da SEN da CSP-Conlutas, também se pronunciou sobre os atentados antidemocráticos. “É preciso repudiar os atentados bolsonaristas e organizar a classe trabalhadora para enfrentar a ultradireita e defender nossas reivindicações independente de qualquer governo”, afirmou.

Pelas redes sociais, a professora Sivia Letícia da Luz, também integrante da SEN da CSP-Conlutas, destacou que os golpistas estão sendo financiados por Bolsonaro e seus amigos empresários. "Prisão para os terroristas e os mandantes", disse.

Bolsonaro e sua família estão envolvidos em uma série de graves crimes, que demandam punição exemplar. Inúmeros casos de corrupção (que vão da recente compra de votos nas eleições até as rachadinhas, prevaricação, privatizações suspeitas, malversação do dinheiro público etc.), de racismo, machismo e lgbtfobia, além dos crimes apontados pela CPI da Covid-19 durante a pandemia, em função da política corrupta e genocida do governo Bolsonaro que levou à morte quase 700 mil brasileiros. A CSP-Conlutas defende a punição e prisão do clã Bolsonaro pelos crimes cometidos! Golpistas não passarão!

Leia a resolução de conjuntura aprovada na última reunião da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas: Unidade e independência de classe para enfrentar os desafios dos trabalhadores e trabalhadoras no próximo período

 

 

 

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