Ato exige que STF mantenha decisão que proíbe despejos

Ato exige que STF mantenha decisão que proíbe despejos

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Os movimentos por moradia tomaram as ruas novamente, nesta quarta-feira (26), para exigir a prorrogação da decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que proíbe despejos no contexto da pandemia e crise social que enfrenta o país.

No próximo dia 31, a ADPF 828 perderá a validade. Com isso, quase 1 milhão de pessoas estão ameaçadas de despejo em todo o Brasil. Organizado pela Campanha Despejo Zero, o dia de luta reuniu milhares de sem-teto para exigir uma alternativa às remoções.

“539.350 mulheres foram despejadas ou correm o risco de despejo no Brasil. É um absurdo que nós mulheres trabalhadoras, mães e que constroem todos os espaços coletivos corram o risco de ir pro olho da rua”, afirma Vanessa Mendonça, do Luta Popular e moradora da Ocupação dos Queixadas, em Cajamar (SP).

“Enquanto isso a grande burguesia tem terras e terras disponíveis. A gente sabe que tem terra pra fazendeiro, mas não tem para o trabalhador. Pra mãe solo, não tem comida. Somos 33 milhões passando fome neste país que é um dos que mais produz alimentos”, conclui.

Em São Paulo, a manifestação reuniu cerca de 2 mil pessoas. Após concentração, às 14h, na Praça da República, a passeata percorreu as ruas do centro da cidade, até chegar em frente a Prefeitura.

No prédio municipal, uma comissão protocolou um documento exigindo que o poder público pare com os processos de despejo nacidade e estabeleça um canal de diálogo com as ocupações para garantir uma alternativa às remoções.

Em seguida, a multidão caminhou até o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, na Praça da Sé, os manifestantes pedem pelo assento do Condepe (Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Humana) no Gaorp (Grupo de Apoio às Ordens Judiciais de Reintegração de Posse). 

O plano é criar o espaço para que se apresentem as ocupações que estão em situação de emergência e que, por isso, necessitam da mediação do Gaorp para encontrar alternativas às remoções. 

Todo apoio!

A CSP-Conlutas reitera seu apoio à luta por moradia no país e à todos e todas que estão na linha de frente dessa luta justa. As ocupações são fruto da necessidade que milhares de famílias de trabalhadores enfrentam, sem qualquer ajuda do poder público.
 
Além disso, como afirma o Luta Popular, as ocupações são uma experiência do povo se auto-organizar e lutar por tudo que precisam para garantir vida digna, enquanto os governos continuam a servir apenas empresários, latifundiários e empreiteiras.
 
Moradia pela vida!
Não aos despejos!
Pela prorrogação da ADPF 828

 

Rua Senador Feijó, 191. Praça da Sé - São Paulo/SP - CEP 01006000

Telefone: (11) 3106-8206 e 3241-5528. E-mail:  secretaria@cspconlutas.org.br

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