Estarrecedor: médico é preso por estuprar grávida durante o parto
Enfermeiras desconfiaram do comportamento suspeito do criminoso, que foi preso em flagrante
O médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra foi preso em flagrante nesta segunda-feira (11), no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João do Meriti, na Baixada Fluminense (RJ), por estuprar uma mulher grávida durante o parto.
Imagens mostram o anestesista colocar o pênis na boca da paciente enquanto outros profissionais realizavam o parto. Atrás de um pano que impedia que os demais integrantes da equipe visualizassem a parturiente, Giovanni cometeu o crime. Ele foi indiciado por estupro de vulnerável, cuja pena varia de 8 a 15 anos de reclusão.
Ao que tudo indica não foi o primeiro estupro feito por esse criminoso. Segundo informações divulgadas, a equipe do hospital passou a desconfiar do comportamento de Bezerra, como a quantidade de sedativo aplicado nas grávidas. Segundo enfermeiras, pacientes não conseguiam sequer segurar o bebê após o parto. Ele teria participado de outros dois partos neste domingo (10), mas a filmagem não teria sido possível.
Momento em que a polícia prende Bezerra em flagrante. Foto: reprodução TV
O Cremerj (Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro) abriu processo para expulsar o anestesista. Segundo o presidente do conselho, Clovis Bersot Munhoz, “as cenas são absurdas”.
A Fundação Saúde do Estado do Rio de Janeiro e a Secretaria de Estado de Saúde informaram que será aberta uma sindicância interna para tomar as medidas administrativas.
O caso é repugnante. Nem parindo uma mulher na atual sociedade está segura. Bezerra tem de ser punido por esse crime hediondo, tanto com prisão, como com a perda de sua licença profissional.
A dirigente do Movimento Mulheres em Luta e integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas comentou o caso de forma indignada e afirmou que quando achamos que já fomos violentadas de todas as formas, o machismo e a objetificação dos nossos corpos se superam.
“Que as mulheres são vítimas de violência obstétrica, aquela que ocorre no processo do parto, não é novidade e nós denunciamos intensamente. Agora, estupro de um profissional que naquele momento é responsável pelo bem estar da paciente, que tem domínio sobre o corpo da mesma, é mais do que indignante”, disse.
“A reação dos movimentos de luta contra a opressão e de todas as entidades da classe trabalhadora deve ser proporcional à tamanha barbárie. Não dá pra ficar calada diante disso, muito menos achar que depois de outubro não teremos mais problemas com esse. A revolta é pra agora! Chamamos todas as mulheres e homens trabalhadores a lutarem conosco imediatamente”, afirmou.