Motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo decretam greve de 24h

Motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo decretam greve de 24h

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Motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo decretaram greve de 24h nesta terça-feira (14). A mobilização ocorre para pressionar a patronal que segue tentando empurrar uma proposta rebaixada na Campanha Salarial 2022. 

A paralisação começou por volta das 4h da manhã em todas as garagens do grupo estrutural e de articulação regional. 15 empresas que operam o transporte coletivo urbano na capital paulista estão paralisadas. 

A decisão sobre a greve já havia sido tomada em assembleia no início do mês de junho, no entanto, a categoria optou por dar continuidade às negociações com o sindicato que representa as empresas no TRT (Tribunal Regional do Trabalho). 

Assim como tem ocorrido, as empresas se mantém intransigentes. A primeira proposta de reajuste oferecida foi de 10% e sequer cobre a inflação dos últimos 12 meses (12,13%). 

Com a luta, os empresários chegaram ao valor de 12,47%, porém com aplicação apenas em outubro. Um verdadeiro insulto à categoria que já deveria ter entrado no mês de maio com os salários reajustados. 

Já a proposta defendida pelos trabalhadores em greve e entidades representativas é de reajuste  salarial  acima  da inflação (13%); PLR de R$ 2.500 , sem dividir em parcelas; aumento de R$ 3 no vale-refeição; fim das escalas com uma hora para refeição sem remuneração; além da valorização e respeito das empresas.   

“As reivindicações são mais do que justas. O poder público e a patronal fizeram uma proposta inaceitável. Sem a PLR e os reajustes nos benefícios. Devido a esse descaso, os trabalhadores se mobilizaram e o município de São Paulo amanhece sem o transporte coletivo. Esta categoria está há mais de dez anos sem um reajuste salarial adequado”, explica Carlão dos Condutores, do Setorial do Transporte da CSP-Conlutas. 

Marco Antônio Coutinho, Secretário Executivo da CSP-Conlutas e membro da Renovação Sindical, também explica os prejuízos causados pela hora de almoço não remunerada: "Para um motorista, essa hora não remunerada significa um prejuízo mensal de R$ 650. Para o cobrador, em torno de R$ 440. O que os trabalhadores exigem é a volta da meia hora remunerada". 

Marco Antônio também denuncia o banco de horas aplicado à categoria. Segundo o companheiro, apesar dos trabalhadores realizarem muitas horas extras, após seis meses elas perdem a validade, deixando o trabalhador sem a possibilidade de usufruí-las.

Antisindical

A empresa SP Trans, que tem por finalidade a gestão do sistema de transporte público por ônibus na cidade de São Paulo, afirmou que irá a justiça cobrar a multa de R$ 50 mil ao sindicato da categoria. Ela alega que a entidade desrespeitou uma determinação que requeria a manutenção do funcionamento de 80% da frota. 

Todo apoio

A CSP-Conlutas declara total apoio à luta dos motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo por melhores salários e direitos. A carestia e o encarecimento no custo de vida tem castigado os brasileiros no governo Bolsonaro e só a mobilização será capaz de reverter este cenário. 

“A luta justa dos motoristas e cobradores em São Paulo pelo reajuste, PLR e emprego dos cobradores foi muito forte pela manhã. Somos solidários e apoiamos com muita força essa greve. Vamos ver se a Prefeitura e as empresas vão atender os trabalhadores ou ficar dando dinheiro apenas para os empresários”, afirma Altino Prazeres, integrante licenciado da Executiva Nacional da CSP-Conlutas.

 

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