Dia 21: ato exigirá continuidade da proibição dos despejos durante a pandemia

Dia 21: ato exigirá continuidade da proibição dos despejos durante a pandemia

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A campanha Despejo Zero realizará um novo dia de luta nacional contra os despejos. A atividade ocorrerá no próximo dia 21 e terá como principal objetivo exigir a prorrogação da decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que proíbe remoções durante a pandemia.

A ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) 828 perderá a validade no dia 30 de junho. Com isso, quase meio milhão de pessoas poderão perder suas casas do dia para a noite, na época mais fria do ano.

Com o risco eminente, as diversas organizações que compõe o movimento contra os despejos, incluindo o Luta Popular, filiado à CSP-Conlutas, vai mobilizar milhares de sem teto novamente. 

O plano é realizar atos em todas as regiões do país, assim como ocorreu no dia 17 de março. Na ocasião, mobilizações foram realizadas em frente aos Tribunais de Justiça em dezenas de cidades. Em São Paulo, o ato irá ocorrer, a partir das 13h, em Frente ao Parque Trianon Masp. 

Situação não melhorou

Apesar do avanço na vacinação ter garantido uma maior proteção contra casos graves da covid-19, a tragédia humanitária causada pela pandemia está longe de terminar. Esta é uma questão que deverá ser analisada pelos juízes do Supremo.

Além das variantes seguirem causando novas ondas da doença, os danos econômicos gerados pela crise persistem. O desemprego continua a afetar mais de 13 milhões de brasileiros e a fome já é realidade para 33 milhões de pessoas.

Saiba mais: Com pandemia e descaso de Bolsonaro, fome avança no Brasil castigando 33 milhões de pessoas

Atualmente, mais de 132 mil famílias estão ameaçadas de despejo. Segundo a campanha Despejo Zero, São Paulo lidera o ranking, com 42.599 famílias ameaçadas; seguido pelo Amazonas, com 29.231 famílias ameaçadas; e Pernambuco com 17.210 famílias.

Ocupações ficam!

Dentre as ocupações organizadas pelo Luta Popular, podem ser despejadas após o dia 30 a Ocupação dos Queixadas (Cajamar/SP), Raimundo Vitório (Aracajú/SE), Prof. Fábio Alves (Belo Horizonte/MG), Reflexo do Amanhã (Volta Redonda/RJ) e São João (Três Lagoas/MS). 

Juntas elas abrigam mais de 1.100 famílias, ou quase cinco mil pessoas. Em todas elas, verdadeiros bairros foram construídos pelas mãos dos trabalhadores. Barracões comunitários, hortas e bibliotecas podem ser encontradas.

Em todos os casos, os terrenos ocupados pelas famílias estavam completamente abandonados, sem oferecer qualquer uso social. Com a chegada dos trabalhadores foi possível dar moradia e servir para abrigar iniciativas que geram renda às famílias. 

Leia também: Meio milhão de pessoas poderão ser despejadas no Brasil neste inverno


Todo apoio!
A CSP-Conlutas reitera seu apoio à luta por moradia no país e à todos e todas que estão na linha de frente dessa luta justa. As ocupações são fruto da necessidade que milhares de famílias de trabalhadores enfrentam, sem qualquer ajuda do poder público.
 
Além disso, como afirma o Luta Popular, as ocupações são uma experiência do povo se auto-organizar e lutar por tudo que precisam para garantir vida digna, enquanto os governos continuam a servir apenas empresários, latifundiários e empreiteiras.
 
Moradia pela vida!
Não aos despejos!
Pela prorrogação da ADPF 828

 

 

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