Com greve, metalúrgicos da Renault derrotam proposta rebaixada
Após dezesseis dias de muita luta, os trabalhadores da Renault, em São José dos Pinhais (PR), encerraram a greve de forma vitoriosa, nesta segunda-feira (23). A mobilização é mais um exemplo da onda de paralisações operárias e de diversas categorias que ocorrem em todo o país por melhores salários, direitos e condições de vida digna.
A proposta aprovada na porta da fábrica garante avanços nos valores da PLR (Participação nos Lucros e Resultados), que poderá chegar até R$ 22.500, vale mercado e na recuperação dos salários. Também estão proibidas a terceirização de atividades fim nos setores da produção e manutenção.
Antes da luta dos trabalhadores, a direção da Renault seguiu o roteiro conhecido dos patrões. Além de apresentar uma proposta rebaixada, evitou o diálogo com a categoria e abusou das práticas antissindicais. Em assembleias, a PM paranaense esteve presente para pressionar e intimidar os grevistas.
No entanto, a manobra ilegal da empresa de nada adiantou. Com garra, união e espírito de luta, os companheiros e companheiras mantiveram-se firmes até a conquista de um acordo coletivo melhor.
Neste final de semana, a reunião da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas debateu a conjuntura nacional e aprovou resolução política em que defende que as centrais sindicais e movimentos precisam unificar as lutas e construir uma jornada nacional por empregos, salários e direitos.
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