Atos em Buenos Aires reúnem milhares de pessoas e expressam descontamento com crise econômica e social

Atos em Buenos Aires reúnem milhares de pessoas e expressam descontamento com crise econômica e social

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O 1º de Maio tem forte tradição na Argentina, principalmente em Buenos Aires, capital do país. Na data, feriado nacional, se vê a classe trabalhadora e o povo pobre deslocando-se pelas ruas para participar de alguns dos atos organizados seja por partidos, organizações de esquerda e movimentos sociais ou pelas entidades sindicais reformistas e burocratas, como a CGT, principal central sindical do país. Cruza-se com colunas inteiras pelas ruas caminhando em direção aos atos.

A imprensa da CSP-Conlutas cobriu os dois atos.

A manifestação na Praça de Maio foi a maior delas reunindo diversas organizações políticas argentinas como MST (Movimiento Socialista de los Trabajadores), Izquierda Socialista, Polo Obrero, Movimento Barrial de los Trabalhajadores entre outras. Diversas colunas de trabalhadores, tomaram a praça; bumbos e fogos de artifício se alternavam com as falas das organizações.

Entre as bandeiras estavam a denúncia da alta dos preços, do desemprego, da fome no país e a exigência da suspensão do pagamento da dívida externa.

Libertação dos presos políticos 

Organizações de esquerda que tiveram com centro a libertação de presos políticos se reuniram no parque Lezama, em Santelmo. Neste ato se reuniram MTR, PSTU, MTL Rebelde, movimentos sociais entre outros.

Dirigente PSTU argentino, Demian Romero disse que aquele 1º de Maio em unidade com organizações e movimentos sociais de esquerda era um resgate à tradição histórica do movimento operário mundial em um contexto de perseguições, ajustes e avanço do capitalismo sobre a classe trabalhadora. “Nos juntamos com movimentos sociais e organizações de esquerda com uma consigna central que é a liberdade dos presos políticos, como temos em Chile, Cuba, e mais recentemente a Ucrânia, defender os que lutam em defesa de nossa classe e do povo pobre”.

Na campanha, exigem a libertação de Facundo Morales, Oscar Santillan, Jaru Rodriguez, Julina Lazarte, entre outros trabalhadores presos por lutar pelos direitos e vida digna ao povo argentino.

Sebastián Romero, que ficou preso por 2 anos por lutar contra a reforma da Previdência, finalizou o ato agradecendo o apoio de todos e todas à campanha por sua libertação e chamando a resistência dos trabalhadores a situação de fome, miséria e repressão. “Vamos mudar isso nas ruas, porque é nas ruas que nos defendemos e nas ruas que combatemos; vamos buscar nossos empregos, lutar contra a fome e a miséria nas ruas. Nós, que não confiamos nesses governos como Fernando, Cristina e Macri; queremos um governo dos trabalhadores e popular dirigido por conselhos populares”, reafirmou.

A Argentina atingiu 6,7% no índice da inflação em março e os preços  acumularam alta de 16,1% somente no primeiro trimestre de 2022. O descontentamento é visível entre os trabalhadores e o povo pobre, com uma população de sem tetos que se aglomera em pontos da cidade.

 

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