Sem reajuste salarial há 8 anos, servidores da Saúde de Natal entram na 3ª semana em greve

Sem reajuste salarial há 8 anos, servidores da Saúde de Natal entram na 3ª semana em greve

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Há 14 dias em greve, a saúde de Natal já registra 60% de adesão dos servidores da capital potiguar ao movimento grevista. Esses trabalhadores estão há oito anos sem nenhum tipo de reajuste ou reposição salarial e lutam pelo restabelecimento do diálogo com a Prefeitura de Natal. O prefeito Álvaro Dias (PSDB), que após pressão e deflagração da greve ainda chegou a receber a categoria, sequer apresentou uma proposta para os profissionais, e só agendou uma segunda reunião para o fim de abril, (29/04) , desgastando e prolongando ainda mais o movimento.

Os profissionais reivindicam Data-base, a revisão e atualização do PCCV, a implantação das gratificações, adicional noturno, insalubridade e o não fechamento de serviços, como vem acontecendo no Hospital Municipal de Natal. Além da convocação do cadastro de reservas do último concurso da saúde de Natal que aconteceu em 2018.

As mobilizações que culminaram na greve da saúde de Natal iniciou bem antes, ainda em março, com uma paralisação de advertência no dia 24/03, seguida por um ato contra o fechamento do Hospital Municipal de Natal no dia 28 de março. Confira a trajetória do movimento até hoje:

04/04 – Assembleia Unificada da Saúde de Natal: O Sindsaúde/RN, e os demais sindicatos, Soern, Sindern e Sinfarn organizaram uma assembleia bastante participativa com os servidores que aprovaram a deflagração da greve a partir do dia 11 de abril.

11/04 – Protesto em frente ao HMN e ocupação da SMS: Os servidores da saúde de Natal começaram o dia em um ato em frente ao Hospital Municipal de Natal, seguido de uma caminhada conjunta até a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), os (as) servidores (as) ocuparam o estacionamento do local e arrancaram uma reunião com o Secretário de Saúde George Antunes, que firmou o compromisso de intermediar e agendar uma reunião com o prefeito da capital potiguar.

12/01 – Reunião da categoria com o prefeito Álvaro Dias (PSDB): Com mais de 3h de atraso, a reunião agendada com o prefeito não teve muitos avanços. Além de não apresentar nada e de se recusar a receber as propostas da base, Álvaro Dias discursou por pouquíssimos minutos para dizer que “está estudando a possibilidade de atender algumas reivindicações da categoria”. E complementou dizendo que a sua equipe econômica realizará um estudo sobre o impacto financeiro. A gestão deu um prazo até o dia 29 para dar uma proposta concreta às categorias.

13/04 – A greve continua: Após a reunião desanimadora com o Prefeito, a categoria se reuniu mais uma vez em Assembleia Unificada para decidir os próximos passos do movimento. Na ocasião, os trabalhadores e trabalhadoras, em unanimidade, decidiram pela continuidade da greve por tempo indeterminado, um dia após o prefeito, Álvaro Dias (PSDB), não apresentar nada de concreto para solucionar nenhuma das pautas da categoria. Também foi tirado um calendário de mobilização para os dias seguintes.

16/04 – Panfletagem sobre a greve: Nem mesmo o feriado da Páscoa impediu os servidores da saúde de saírem às ruas, em um dos principais pontos turísticos da capital, para informar a população sobre o descaso da saúde de Natal.

18/04 – Ato na Maternidade Leide Morais: Os profissionais se reuniram em frente à maternidade Leide Morais, na Zona Norte de Natal, que foi alvo de inúmeras denúncias de assédio moral contra os trabalhadores. Na ocasião, foi formada uma comissão com o jurídico do sindicato e a direção do Sindsaúde/RN para discutir o assunto com a gestão da maternidade.

18/04 – Sindsaúde/RN denuncia desmonte de 20 leitos de UTI no HMN: Uma semana depois de desmontar 20 leitos de UTI totalmente novos e equipados no Hospital Municipal de Natal, além da demissão em massa dos contratos temporários, a unidade que teve a UTI 1 completamente destruída, volta a receber pacientes graves e é obrigada a improvisar novos leitos de UTI nas enfermarias do hospital.

19/04 – Reunião do Comando de Greve: Foi realizada uma avaliação do movimento grevista e tirado um novo calendário de atividades para as próximas semanas de greve da saúde de Natal.

20/04 – Visitas a unidades de saúde e Ato Unificado: Pela manhã os sindicatos fizeram uma visita à Maternidade Municipal. Dr. Araken Irerê Pinto e no Hospital Municipal de Pediatria Dr Nivaldo Sereno. No fim da manhã foram concedidas entrevistas na coletiva de imprensa com os sindicatos para informar a população sobre os objetivos da greve. À tarde os servidores participaram de um Ato Unificado com as outras categorias em greve em frente a Prefeitura de Natal.

22/04 – Mobilização virtual e panfletagem: A categoria articulou uma movimentação nas redes sociais denunciando o caos da saúde de Natal e fez uma panfletagem, entregando material informativo sobre a greve para a população natalense.

25/04 – Ato na maternidade Araken e caminhada: A terceira semana de greve da saúde municipal teve início a partir de um ato público em frente a maternidade Dr. Araken Irerê Pinto. Os trabalhadores e trabalhadoras se reuniram para denunciar os problemas vividos na unidade. O ato seguiu com uma caminhada até o shopping Midway Mall, um dos mais movimentados da capital, e encerrou com a ocupação da passarela principal.

Para o dia 29 de abril, data em que o Prefeito Álvaro Dias ficou de dar uma resposta para a categoria em relação ao reajuste, os trabalhadores vão aguardar a reunião acampados o dia todo em frente a Prefeitura de Natal.

(Fonte: Sindsaúde RN)

 

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