Greve na Educação em Belém (PA) exige mínimo de R$ 1.212

Greve na Educação em Belém (PA) exige mínimo de R$ 1.212

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Os trabalhadores em educação – vigilantes, secretários, merendeiras, auxiliares de serviços gerais e outras funções – iniciaram uma greve geral da categoria no último dia 6 reivindicando à prefeitura de Belém (PA) o pagamento de um salário mínimo (R$ 1.212,00) no vencimento base, plano de carreira unificado e melhorias nas condições de trabalho entre as principais reivindicações.

Na terça-feira (12) realizam uma manifestação como parte das iniciativas da paralisação.

Atualmente, recebem R$ 869,26, o que é uma vergonha que Belém do Pará seja a única capital do país a não cumprir o que determina a Constituição Federal de que nenhum trabalhador deve receber menos de um salário mínimo como vencimento base

“É necessário a prefeitura de Belém atender as reivindicações dos trabalhadores em educação. São merendeiras, vigilantes, auxiliares de limpeza que necessitam ser valorizados. É uma vergonha que os servidores de Belém recebam menos do que 1 salário mínimo. Estamos cobrando uma promessa de campanha do prefeito Edmilson”, afirma a professora Silvia Letícia, coordenadora geral do Sintepp Belém e integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas.

Segundo o Sintepp Belém, a capital paraense é a única do país a não cumprir o o piso de um salário mínimo como salário.

A categoria reclama não conseguir pagar nem sequer suas contas. “O café aumentou 69,32%, açúcar 50,53%, pão careca 9,40%, manteiga 7,16%, leite em pó 4,53%. Se não bastasse tudo isso o recente reajuste da passagem de ônibus concedido pelo prefeito Edmilson vai tirar do nosso salário R$ 320,00 (36,81%). Como viver e sustentar nossas famílias com essa situação?”, questiona o panfleto do Sindicato.

Os profissionais denunciam que muitas vezes para servir dignamente as crianças que frequentam as escolas e creches tiram dos próprios bolsos para comprar óleo de soja, temperos, hortaliças para a merenda escolar e compram também materiais de limpeza como detergente, pano de chão, saco de lixo, vassouras para manter a escola limpa e higienizada.

A categoria cobra do Edmilson Rodrigues (Psol) as promessas de campanha em torno da valorização salarial e que nenhum trabalhador deveria ganhar abaixo de um salário mínimo. “Também nos prometeu melhorias nas condições de trabalho e a abertura de concurso público para contratação de mais servidores”, ressalta o panfleto.

Trabalhadoras e trabalhadores também denunciam que a aposentadoria de muitos e a não contratação de novos funcionários implicou em acúmulo de trabalho, pois o que era feito por cinco pessoas, agora está sendo feito por apenas duas.

“Essa situação tem nos adoecido e quando procuramos o IASB (Instituto do Servidor) temos que faltar trabalho e não temos a garantia de conseguir consulta e médicos para nos atender. Estamos trabalhando doentes”, frisa o texto.

A CSP-Conlutas apoia a greve das trabalhadoras e trabalhadores da educação de Belém e se soma à reivindicação de que o prefeito Edmilson deve cumprir o piso mínimo salarial nacional.

 

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