Por um 1º de Maio de luta

Por um 1º de Maio de luta

Por Weller Gonçalves

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Chegamos a mais um Dia Internacional do Trabalhador, uma data para levantar bandeiras contra a exploração, a opressão e um governo que age sem escrúpulos pelo fim dos direitos trabalhistas. Não é, definitivamente, um dia de festas e shows.

É preciso olhar com atenção para os verdadeiros donos do 1º de Maio: homens e mulheres que vão à luta, enfrentam patrões e governos, apesar do desemprego e da omissão de algumas das principais centrais sindicais do país, como CUT e Força Sindical. Neste momento, essas centrais estão voltando seus esforços para as eleições presidenciais. No ato (festa) do 1º de Maio, convidaram para ocupar o palco representantes dos patrões. A organização da luta ficou de fora de seus planos.  Ao que parece, esqueceram-se da origem do Dia do Trabalhador.

Vamos lembrar: em 1º de maio de 1886, iniciou-se uma greve geral nos Estados Unidos, que tinha como principal reivindicação a redução da jornada de trabalho. A greve chegou a mais de 5 mil fábricas e teve a adesão de 240 mil trabalhadores. Mas foi na cidade de Chicago que aconteceu um grande conflito, que terminou com a prisão e condenação com pena de morte das lideranças do movimento. A força daqueles que se organizaram e se uniram por seus direitos ainda hoje se reflete em cada luta da classe operária.

Recentemente, assistimos às bravas mobilizações dos metalúrgicos da Avibras, depois de serem demitidos, sem direito nem mesmo a verbas rescisórias. Foram 31 dias de luta, junto com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, filiado à CSP-Conlutas, pelo cancelamento de centenas de demissões. Unidos e organizados, aqueles trabalhadores conseguiram reverter o que parecia irreversível. Estão novamente empregados. Foi uma luta histórica que serve de exemplo para o conjunto da classe trabalhadora. Quando existe uma direção que organiza os trabalhadores, é possível alcançar a vitória.

Neste domingo, vamos honrar os mártires de Chicago. O dia é de luta contra a fome, o desemprego, a inflação, a exploração. É pelo fora Bolsonaro e Mourão e por uma sociedade mais justa para os trabalhadores.

Weller Gonçalves é presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e região

 

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