Terror: ataques israelenses deixam 46 mortos e 360 feridos em Gaza

Terror: ataques israelenses deixam 46 mortos e 360 feridos em Gaza

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Após três dias de bombardeios intensos na Faixa de Gaza, que duraram de sexta-feira (5) a domingo (7), as incursões de caças israelenses cessaram na região palestina. Os ataques deixaram 46 mortos, sendo 16 mulheres e 4 crianças.

Aos menos 360 pessoas ficaram feridas, na operação que recebeu o nome de Dawn e tem relação direta com as eleições em Israel. Um cessar-fogo foi obtido com a mediação do governo do Egito, na segunda-feira (8).

No entanto, a destruição promovida pelo estado sionista escancara a dureza da vida enfrentada pelos palestinos de Gaza. Ao menos 18 casas foram completamente destruídas. 71 foram danificadas a ponto de não poderem mais ser utilizadas.

Parcialmente afetadas pelas bombas de Israel foram 1.675 casas. Ao todo o governo palestino estima que ao menos 2.200 habitações precisarão ser reconstruídas, uma vez que os trabalhos de reconstrução das casas destruídas após os ataques de maio de 2021 ainda não haviam terminado.

O Ministro do Serviço Público e Habitação, Naji Sarhan, afirmou em entrevista que os danos aos setores agrícolas, industrial e de serviços, em Gaza, precisarão de ao menos 875 milhões de dólares para a normalização.

Operação na Cisjordânia

Apesar do cessar-fogo em Gaza, Israel realizou operações na Cisjordânia na terça-feira (9). Dois palestinos morreram e dezenas ficaram feridos. Outros dois adolescentes palestinos morreram após protestos: Islam Sabbuh e Husein Taha, este foi assassinado à caminho do trabalho.

Nos últimos meses, forças israelenses têm realizado quase diariamente operações na Cisjordânia. Desde março deste ano, ao menos 57 palestinos morreram, a maioria em áreas ocupadas.

Em um dos casos uma das vítimas foi a jornalista palestino-americana Shireen Abu Akleh, morta na cidade de Jenin, em maio, enquanto trabalhava. O crime ganhou as manchetes de todo o mundo.

Investigações independentes da ONU e dos Estados Unidos mostraram que o tiro que matou a repórter provavelmente partiu de agentes de Israel.  Os governo dos Estados Unidos e a ONU defenderam que o disparo não teve a intenção de matar.

Eleições em Israel

Apesar de Israel vender a história de que suas ações visavam prevenir ataques do grupo Jihad Islâmico, especialistas afirmam que a proximidade das eleições naquele país é o verdadeiro motivo do início da violência.

Antes da sexta (5), nenhum míssil havia partido do território palestino, mesmo assim os governantes israelenses intensificaram os bombardeios, inclusive de áreas densamente povoada por civis. Um movimento friamente calculado.

Como já ocorreu em outros momentos, a atual coalizão que governa Israel aposta o no uso da força contra os palestinos. A estratégia de parecer forte visa garantir os votos dos colonos mais radicais. As eleições israelenses estão marcadas para o dia 1º de novembro.

Todo repúdio

A CSP-Conlutas repudia este novo ataque israelense contra o povo palestino e expressa solidariedade e apoio pela liberdade, do rio ao mar, da Palestina ocupada.

 

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