Seminário do Sintusp sobre saúde aborda desmonte do SUS, entre outros temas

Seminário do Sintusp sobre saúde aborda desmonte do SUS, entre outros temas

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O Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP) realizou o Seminário de Saúde 2022 na quarta e quinta feira (29 e 30), no auditório cedido pelo Cepeusp. A proposta era, por meio das mesas, subsidiar debates sobre a saúde no Brasil diante do processo de desmonte do SUS (Sistema Único de Saúde) e das instituições facilitando a privatização do setor no Brasil.

Debatedoras e debatedores de entidades parceiras de luta, trabalhadores e intelectuais contribuíram para uma melhor compreensão do contexto de ataques a direitos da classe trabalhadora, sejam trabalhistas ou direitos mais abrangentes como a própria saúde.

Dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores da universidade também foram tema dos debates. Tanto pelas condições de trabalho que os adoecem e desestimulam quanto pela falta de valorização que se expressa no arrocho salarial de tantos anos e congelamento da carreira que já perdura por uma década. Na mesma semana em que o Conselho Universitário destinou R$ 100 milhões de reais para valorização dos jovens docentes, nenhum real foi direcionado para a carreira dos funcionários.

Outro elemento relevante e central foi a defesa dos hospitais e demais serviços de saúde da USP, que sofrem com o desmonte e deixam a categoria sem prevenção ou tratamento adequado das doenças muitas vezes geradas no próprio trabalho. Ao mesmo tempo que a reitoria anuncia a destinação de R$ 217 milhões de reais para fundações que gerem os HCs (hospital das Clínicas) de São Paulo e Ribeirão, mantém a posição de desvincular o HRAC (Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais) da USP.

O seminário reafirmou a defesa do SUS 100% público, estatal e sob controle dos trabalhadores e as exigências para que a universidade cumpra suas obrigações em garantir melhores condições de trabalho e políticas de prevenção e promoção de saúde para a comunidade, combatendo e revertendo os processos de privatização e terceirização que precarizam cada vez mais o trabalho na universidade.

Saúde mental, assédio moral e assédio sexual ganham destaque

Uma das mesas mais densas abordou a saúde mental, com valorosas intervenções que aprofundaram o entendimento da gravidade do tema do assédio moral e do assédio sexual, bem como a ação de chefias e das condições precárias de trabalho em uma estrutura organizacional que promove apenas o adoecimento e o desestímulo aos trabalhadores.

O assédio sexual, abordado pela advogada Tainã Góis, apresentou uma perspectiva histórica da questão de gênero nas relações de trabalho, valorizando a luta das mulheres como uma luta de toda a classe trabalhadora e mostrando as possibilidades e limites dos caminhos judiciais para combater os assediadores e violentadores de mulheres.

As apresentações da mesa tocaram ainda nas questões de saúde e adoecimento nas creches apresentado diretora do Sintusp Ana Cristina; experiência do Cerest (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador) no atendimento de trabalhadores da USP exposta pelo o assistente social Vinicius Boim; as ações do Núcleo de Combate ao assédio moral da USP Ribeirão Preto foram abordadas pelo professor Sergio Kodato e as importantes visões da Psicologia do trabalho sobre o assédio moral pelo psicólogo e professor Dimitre Moita.

Na plenária Final, aprovamos diversas resoluções que serão levadas para assembleia geral da Categoria e pautarão nossas reivindicações para inclusões no acordo coletivo. As resoluções aprovadas podem ser vistas aqui.

(Fonte e imagem: Imprensa Sintusp)

 

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