
Assembleia dos rodoviários de Macapá (AP) suspende greve após regularização dos salários
No final da tarde de quarta-feira (22), motoristas e cobradores de ônibus da Capital Morena e Amazontur, de Macapá (AP), em greve desde a última quarta-feira (15), decidiram suspender o movimento após o oitavo dia de paralisação.
Com os pagamentos já regularizados, a categoria propôs que o pagamento dos salários fosse feito até o quinto dia útil do mês, o da cesta básica em até oito dias e a entrega das atrasadas, estabilidade no emprego por um ano e o abono das faltas.
A empresa se comprometeu com a maioria das reivindicações, entre elas não retaliar os grevistas, mas vai descontar os dias.
“Não foi uma luta fácil, mas os trabalhadores demonstraram uma grande disposição de defender seus direitos. A empresa não pagava nem sequer os salários em dia, agora vão ter de nos respeitar”, disse Sincottrap (Sindicato dos Condutores de Veículos e Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários do estado do Amapá), Cristiano de Souza, cobrador da Capital Morena.
Durante a paralisação, ex-vice-presidente do sindicato dos trabalhadores, Max Deles, chegou a receber ameaça de morte em telefonema anônimo que afirmava que era hora de parar com a greve, pois os salários estavam sendo pagos. Típica atitude patronal.
A população, apesar de ser prejudicada com a paralisação, apoiou a greve da categoria. “Nós recebíamos apoio da população; as pessoas também passam por dificuldades e entendiam o que estávamos passando. Foi muito bonito isso”, comentou emocionado Cristiano.
A categoria recebeu o apoio das diversas entidades sindicais local, inclusive o apoio financeiro que permitiu garantir o movimento com carro de som, alimentação dos grevistas e outros gastos.
A greve teve início por reivindicações básicas: o pagamento dos salários, constantemente atrasados; o recolhimento do FGTS, que não tem sido feito pelas empresas, assim como o recolhimento do INSS, e o cumprimento do acordo coletivo.
Indignados com a situação, 70% dos trabalhadores paralisaram as atividades, deixando apenas 30% em funcionamento.
A campanha financeira para arcar com os custos da greve continua. A CSP-Conlutas está participando dessa luta e chama suas entidades a colaborarem.
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Cristiano Augusto Teixeira de Souza
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