RCN de 20 a 22/5/22: Repúdio à negligência às mulheres trabalhadoras desde o caso de atropelamento de mulher em Palhoça/SC

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Não iremos acatar perder mais nenhuma vida pela ganância capitalista!

Diante a "tragédia anunciada" ocorrida em Palhoça nos solidarizamos com os familiares da senhora que na quinta-feira (12/05) veio a óbito na Av. Aniceto Zacchi, Ponte de Imaruim, ao ser violentamente atropelada por um ônibus da empresa Jotur.             

Há quase um ano estamos denunciando a negligência do prefeito Eduardo Frescia (PSD) em relação ao transporte coletivo em Palhoça. A pandemia ainda não acabou, as aulas retornaram 100% de forma presencial e a frota "sucateada" circula "disfarçada" pintada de branco para "parecer" que são ônibus novos.

Os poucos ônibus que ainda circulam estão sujos, sem limpeza, em mal estado de conservação, lotados, obrigando os passageiros a se espremerem para conseguirem um lugar, dando espaço inclusive para assédios contra as mulheres. Esta tem sido a realidade que os usuários do transporte coletivo têm enfrentado no seu dia a dia, ou se submetem a tal, ou andam a pé!  

São centenas de mulheres que diariamente dependem do transporte coletivo em Palhoça. Mulheres que saem cedo para trabalhar, sofrem a exploração capitalista no mercado de trabalho e antes de chegarem em casa para sua terceira jornada de trabalho, ainda são obrigadas a terem seus corpos esmagados dentro do transporte público, estando acessíveis a adquirir doenças decorrente da falta de limpeza dos ônibus. Já passou da hora de dizer basta!

"É tudo carcaça"!

Não há como não citar as "carcaças" que o prefeito mantém circulando em Palhoça. A grande maioria dos ônibus não tem mais cobradores e os motoristas, para não serem demitidos, estão fazendo dupla função. Sabemos que os mesmos estão sobrecarregados, com salários defasados, direitos retirados, precisam do trabalho e sofrem pressão da Jotur diariamente.           

No dia 12 de maio, a vítima fatal da Jotur foi uma senhora de 76 anos, que assim como outras senhoras moradoras de Palhoça, enfrentam a insegurança ao descer dos ônibus, ao atravessarem as ruas, ao circularem nos ônibus, que ao frear jogam os usuários para frente, causando total desequilíbrio, insegurança e acidentes.

Até quando o usuário do transporte coletivo da Grande Florianópolis será refém dessa empresa?

Quantas vítimas mais terão que perder suas vidas para o prefeito ouvir a população e receber os segmentos que reivindicam melhorias do transporte público? Quantas mulheres ainda sofrerão machismo, tendo seus corpos esmagados dentro dos ônibus para que algo seja feito?

A Avenida Aniceto Zacchi está de luto! Palhoça está de luto! 

Até quando a Jotur irá circular com as "carcaças"? Basta de exploração! Basta de desrespeito! Basta de machismo! Fora Jotur! Fora Eduardo Frescia!                

Assinam essa nota  

- Coletivo Unidades Nas Lutas

- CSP-Conlutas                        

- SINTE Florianópolis             

- SINTE São José       

- MML –Movimento Mulheres em Luta         

- Associação de Moradores do Bairro Passa Vinte-Palhoça             

- PSTU                                    

- PT de Palhoça                   

- Conexão Periférica-Palhoça

- Ocupação Mestre Moa       

- Ocupação Elza Soares

 

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