Metalúrgicos levarão para fábricas lições de luta aprendidas no decorrer de quatro dias

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A delegação de metalúrgicos da região de São José dos Campos vai levar para as fábricas, a partir de segunda-feira (16), mais do que resoluções do 3º Congresso. Vai levar, também, um impulso para organizar a categoria contra os ataques impostos por patrões e governos.

Ao todo, a delegação é integrada por 40 dirigentes sindicais, cipeiros e delegados sindicais, além de 17 observadores, representando 20 fábricas de São José dos Campos, Caçapava e Jacareí.

A categoria metalúrgica tem tradição de luta e vem enfrentando, nas mesas de negociações da Campanha Salarial, a tentativa dos patrões em implantar a reforma trabalhista e acabar com as convenções coletivas. É o caso das montadoras General Motors e Chery, que querem de qualquer forma retirar direitos históricos dos trabalhadores, como a garantia de estabilidade para lesionados.

O trabalhador da GM, Antônio Lisboa, é um dos delegados que levarão para a fábrica lições aprendidas no Congresso.

“Aqui tive contato com trabalhadores de diferentes categorias e que sentem os mesmos ataques sofridos pelos metalúrgicos. Ocorre que as empresas usam a crise financeira para aumentar ainda mais a exploração dos trabalhadores, sejam eles metalúrgicos, professores, químicos, dos Correios, têxteis ou de qualquer outro setor. Todos serão atingidos pela reforma trabalhista e, por isso, é preciso unificar a luta contra esse ataque. Acho que esta é uma das principais lições que levo daqui”, disse Lisboa.

O diretor do Sindicato Emerson de Oliveira, o Binho, também já está colocando na bagagem a experiência acumulada no Congresso. O dirigente é trabalhador da TI Automotive, em São José dos Campos. A fábrica é do setor de autopeças, grupo que travou as negociações da Campanha Salarial em nome da retirada de direitos.

“Vou sair do Congresso mais preparado para organizar os trabalhadores. Fui eleito delegado pelos metalúrgicos e usarei esta oportunidade para fortalecer nossa luta por direitos e aumento real de salário. Os trabalhadores são os grandes prejudicados pela reforma trabalhista e, portanto, terão de se organizar para barrar essa afronta em nossa região”, afirma Binho.

Além de grandes fábricas, São José dos Campos abriga pequenas e médias empresas, localizadas principalmente na zona sul.  Nessas fábricas, é preciso muita luta para garantir melhores condições de trabalho e direitos. Aqui entra mais um caminho traçado no 3º Congresso: “daqui pra frente, temos de iniciar um intenso período de preparação para o dia 10 de novembro. A luta vai ser dura, mas a vitória é possível”, afirma o diretor do Sindicato José Dantas Sobrinho.

Fábricas

A delegação dos metalúrgicos de São José dos Campos e região é formada por trabalhadores da GM, Embraer, Chery, Parker Hannifin, Parker Filtros, Avibras, Gerdau, Schrader, Tracker, Sun Tech, Blue Tech,  JC Hitachi, TI Automotive, RF Com, Eleb, Ericsson, MWL, Hubner, Betomar e Belmerix.

 

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