A participação do Movimento Popular e a importância da unificação das lutas

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O 1° Congresso da CSP-Conlutas contou a participação de 11 movimentos populares urbanos e um movimento popular rural. Esses movimentos têm sido peça importante na consolidação da entidade que além atuar na defesa das lutas dos trabalhadores atua também na defesa dos movimentos sociais por terra, moradia  e contra a criminalização. No campo, na cidade, ou no chão da fábrica as lutas se fortalecem quando são unificadas. 

Desafios do movimento do rural – Deodato Divino Machado do MTL (Movimento Terra Trabalho e Liberdade) de Minas Gerais, presente no plenário e atento a todas as discussões sobre os rumos da Central, avaliou que com esse governo a luta pela reforma agrária está enfraquecida. “Esse processo de cooptação com bolsas sociais, como bolsa família, bolsa verde,  que dá ajuda de custo para os assentados da reforma agrária, serve para comprar o nosso povo pela barriga. Nosso povo está cedendo a essa cooptação devido a sua necessidade”, avaliou.

Para o representante, “atuar em conjunto com o movimento sindical e traçar políticas para ambos num sistema de cooperação fazem dessa Central combativa e diferenciada das demais que estão vendidas ao governo” é o caminho para combater esses ataques e resgatar a luta do povo no campo.

Desafios do movimento urbano– Entre uma intervenção e outra, nos debates que transcorreram nesse Congresso,  temas  como despejo das famílias na Ocupação Pinheirinho, em São José dos Campos,  os novos Pinheirinhos que se espalham país afora, a luta pela reforma agrária e a  defesa dos que tiram da terra sua sobrevivência, foram discutidos e aprofundados nas reuniões setoriais.

Para Lacerda dos Santos do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) de Minas Gerais, os principais desafios enfrentados pelo movimento são a criminalização, a especulação imobiliária e as guerras internas que ocorrem na periferia.

Santos ressalta que todas essas dificuldades são superadas pela união das forças. “Nesse congresso está a classe trabalhadora combativa, organizada  e em busca de transformações sociais que produzam um mundo melhor. Unificar a luta desses trabalhadores com a luta dos movimentos populares por moradia é o nosso grande desafio e estamos aqui para fortalecê-lo ainda mais”, informou.

Somos todos Pinheirinho – O membro movimento MUST (Movimento Urbano dos Sem teto)Valdir Martins, o Marron, falou ao plenário  sobre a atual situação do Pinheirinho que comoveu o país tamanha barbárie que foi a desocupação.  Marron disse que 1.648 famílias estão ainda vivendo do Bolsa Aluguel e encontram-se  espalhas pelos bairros e região de São José dos Campos. “ De 15 em 15 dias fazemos assembleia com as pessoas do Pinheirinho. Essas reuniões  tem a participação de 500 famílias”, disse.

Marrom disse ainda que o governo não conseguiu enfraquecer o movimento. “ Nosso propósito de conseguir com que todos tenham uma moradia continua, mas não só isso, queremos e lutamos por educação, saúde e trabalho”, reiterou ao plenário.

Marron finalizou sua fala dizendo que apesar da desocupação o  “Pinheirinho não acabou, o Pinheirinho somos todos nós”.

Todos aplaudiram emocionados e em coro entoaram “ Pinheirinho presente, agora e sempre!”.

 

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